JULHO, AGOSTO E SETEMBRO
Consultar a agenda:
https://www.teatrodevilareal.com/images/programas_pdf/tvr-jul-ago-set-2025.pdf
A partir de 21 de Junho, com o acolhimento de mais uma edição do Rock Nordeste, o Teatro de Vila Real ficou oficialmente ‘Do lado do Verão’. Significa isto que uma grande parte da programação decorre ao ar livre, quer no exterior do edifício, quer em diversos espaços do centro histórico da cidade.
Comecemos pela música. Em Julho, no Auditório Exterior apresentam-se os Lavoisier, grupo liderado pela guitarra de Roberto Afonso e a voz poderosíssima de Patrícia Relvas, com uma forte ligação artística e afectiva a esta região. Segue-se Milhanas, uma das artistas-revelação dos últimos anos na música portuguesa, jovem cantora e compositora que se destaca pela intensidade e autenticidade das suas criações musicais.
Em Agosto, temos a felicidade de receber um projecto internacional que tem passado pelas grande salas do mundo, The Naghash Ensemble, que traz “os sons da Arménia Antiga reinventados para o século XXI”. Um septeto caracterizado por instrumentais que fundem a tradição com uma modernidade enérgica mas elegante e três vozes impressionantes.
Na semana seguinte os concertos exteriores são em dose dupla. O primeiro, Ethno Portugal, tem lugar no Largo da Capela Nova e junta cerca de três dezenas de músicos de 15 países, trazendo para as celebrações do Centenário de Vila Real enquanto cidade os sons da “música tradicional do mundo”.
Regressamos ao Auditório Exterior com Cara de Espelho, o supergrupo que junta músicos dos Deolinda, Gaiteiros de Lisboa, A Naifa e Ornatos Violeta e combina tradição e modernidade num projecto que é também, à sua maneira, de música de intervenção.
A música clássica constitui dois momentos altos deste período, acrescentando uma dimensão erudita às celebrações musicais do Centenário de Vila Real: um concerto da Orquestra Gulbenkian, na véspera do Dia da Cidade, e uma adaptação inédita para banda filarmónica da obra “Carmina Burana”, liderada pela Banda de Música de Mateus.
Ainda no contexto do Centenário, a 11 e 12 de Julho são apresentadas, para o grande público, sessões de cinema ao ar livre na Avenida, com quatro curtas-metragens da obra centenária e lendária de Buster Keaton.
E há mais cinema ao ar live na Praça Cénica do Teatro e onze espectáculos ibéricos de artes de rua (novo circo, dança, teatro), em vários locais do Centro Histórico, em mais uma edição do Arruada.
O Verão aqui é para desfrutar com arte!
Em Setembro preparamos o corpo suavemente para o equinócio com dança contemporânea. O primeiro momento do festival Algures a Nordeste é a estreia absoluta de um espectáculo que é uma encomenda do Teatro de Vila Real. Livremente inspirado no universo dos Pauliteiros de Miranda, “Do Terreiro ao Mundo” é uma criação da coreógrafa Clara Andermatt para a Companhia Instável. “Maurice Accompagné” é um espectáculo de Paulo Ribeiro que cruza a obra de Luís de Freitas Branco e de Maurice Ravel numa criação que se foca no espírito do tempo, na liberdade criativa e expressionista dos loucos anos 20. Com “Camilo – Vida e Obra”, o Ballet do Douro ambiciona contribuir para a perpetuação do génio de Camilo, interpretando com a linguagem do corpo a sua escrita. A CiM – Companhia de Dança inclusiva que junta intérpretes com e sem deficiência, apresenta para escolas a peça “Somatati”. E fechamos este ciclo com “In Absentia”, de Helder Seabra, um espectáculo de uma fisicalidade explosiva, com música ao vivo.
Não haveria melhor maneira de receber o Outono!